“Cidade mãe” da Baixada
Foto: Alziro Xavier

Via Ligt, em Nova Iguaçu, vista do alto
Nova Iguaçu, localizada na Baixada Fluminense, é um exemplo de cidade que, apesar dos desafios sociais típicos da região, se destaca pela sua história, cultura e crescente desenvolvimento. Conhecida como a “cidade mãe” da Baixada, Nova Iguaçu exerce grande influência na região, sendo um polo de referência para municípios vizinhos.
O povo iguaçuano é reconhecido pela sua receptividade e força de trabalho, refletindo o espírito de luta e superação que caracteriza a população da Baixada. A cultura local mistura influências das tradições fluminenses com a riqueza das manifestações populares, como o samba, o funk e o hip-hop, além de uma gastronomia diversificada que exalta os sabores regionais. As festas tradicionais, como a de Santo Antônio e São Jorge, também reforçam a religiosidade e o calor humano da cidade.
Nos últimos anos, Nova Iguaçu vive um boom imobiliário, com empreendimentos que valorizam a região central e atraem investimentos significativos. Esse crescimento tem beneficiado a classe média e média alta, que agora encontra na própria cidade opções de lazer de alto nível. Bares, restaurantes, butiques e espaços de entretenimento têm se multiplicado, criando um novo cenário urbano e tornando a cidade mais atraente para aqueles que antes precisavam se deslocar para a Zona Sul do Rio de Janeiro em busca de opções sofisticadas de lazer.
A ascensão do Nova Iguaçu Futebol Clube é outro fator que tem contribuído para a visibilidade da cidade. O clube, que agora disputa a elite do Campeonato Carioca, tem sido um orgulho para os iguaçuanos e um símbolo da luta e do talento da cidade. Com isso, a cidade tem sido cada vez mais reconhecida nos esportes, o que fortalece sua identidade e a coloca em destaque dentro do Rio de Janeiro.
Porém, como toda região da Baixada Fluminense, Nova Iguaçu ainda enfrenta questões complexas, como a violência e a desigualdade social. Esses problemas exigem uma atenção contínua das autoridades públicas, mas não impedem que a cidade siga seu caminho de crescimento e reinvenção. Com um povo acolhedor, uma cultura vibrante e um futuro promissor, Nova Iguaçu tem tudo para continuar sua trajetória de evolução e prosperidade.
Origem do município
O município de Nova Iguaçu tem suas raízes fincadas no século XIX, quando ainda era um vasto território coberto por matas, fazendas e caminhos que interligavam o interior do estado do Rio de Janeiro à capital. Sua origem remonta à criação da Freguesia de Nossa Senhora da Piedade de Iguaçu, estabelecida em 1833. A emancipação política e administrativa veio em 15 de janeiro de 1833, data que marca oficialmente o surgimento do município, desmembrado de Iguaçu Velho (hoje Magé). Seu nome é uma homenagem ao Rio Iguaçu, palavra de origem tupi que significa “água grande”.
Durante o período imperial, Nova Iguaçu teve papel relevante como entreposto de produção agrícola e abastecimento de víveres para a Corte. As terras férteis e as propriedades rurais, voltadas para a produção de açúcar, café e gêneros alimentícios, ajudaram a sustentar economicamente a região e fortalecer os laços com o império. A presença da Estrada de Ferro Dom Pedro II (posteriormente Central do Brasil), que cortava o município, impulsionou ainda mais seu crescimento, fazendo da cidade uma conexão estratégica entre o interior e a capital do Império.
Ao longo do século XX, Nova Iguaçu consolidou-se como um dos maiores municípios em extensão territorial do Brasil. Antes da chamada “febre emancipacionista” das décadas de 1980 e 1990, sua área abrangia localidades que hoje são cidades autônomas, como Duque de Caxias (emancipada em 1943), Nilópolis (1947), São João de Meriti (1947), Belford Roxo (1990), Mesquita (1999), Queimados (1990), Japeri (1991) e outros distritos. Seu antigo território chegava a beirar 1.500 km², sendo um verdadeiro gigante da Baixada Fluminense, tanto em extensão quanto em importância política e econômica.
Apesar das perdas territoriais, Nova Iguaçu manteve-se como polo regional relevante, com forte presença comercial, educacional e de serviços. Seu povo é marcado por uma identidade plural e resistente. De origens diversas — indígenas, africanas, portuguesas, nordestinas e migrantes de várias partes do Brasil —, o iguaçuano carrega no peito o orgulho de sua terra, mesmo diante das adversidades históricas. Gente trabalhadora, criativa, religiosa e profundamente comunitária, o povo de Nova Iguaçu construiu, com esforço e união, uma cidade que pulsa cultura, diversidade e esperança.
Hoje, Nova Iguaçu segue se reinventando. Seu centro urbano se moderniza, suas áreas rurais preservam tradições e sua gente segue fazendo história. Terra de contrastes e de encontros, a cidade é, acima de tudo, reflexo da força de seu povo e do valor das suas raízes.
Você sabia?
- A cidade foi elevada à categoria de vila em 1833, e em 1890, tornou-se município, consolidando sua importância administrativa na região. O primeiro prefeito de Nova Iguaçu foi Antônio Francisco de Paula, que governou a cidade entre 1890 e 1892.
- Para quem busca lazer, Nova Iguaçu oferece uma variedade de opções, desde restaurantes renomados até bares charmosos e academias de última geração. O Teatro Municipal de Nova Iguaçu é um importante centro cultural, que recebe diversas apresentações de teatro, música e dança.
- O Campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro é uma instituição de ensino superior de grande relevância para a região, oferecendo cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas. A universidade desempenha um papel importante na formação de profissionais e na pesquisa científica.

Campus Nova Iguaçu da UFFRJ
- A cidade abriga a Reserva Biológica do Tinguá, uma área de preservação ambiental de grande importância para a região. A reserva abriga uma rica diversidade de fauna e flora, com cachoeiras, trilhas e paisagens deslumbrantes.

- As ruínas da Igreja de Nossa Senhora da Piedade (foto), em Nova Iguaçu, são um importante marco histórico da Baixada Fluminense. Localizadas no perímetro que inclui outros patrimônios, como o Porto de Iguassu e o Cemitério da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, essas ruínas são testemunhas do passado cultural e religioso da região. Elas representam uma oportunidade única para preservar e valorizar a história local, atraindo turistas e promovendo o patrimônio histórico.
- As cachoeiras da Reserva Biológica do Tinguá são um dos principais atrativos da região. A Cachoeira do Poço Encantado, a Cachoeira do Poço da Onça e a Cachoeira do Poço do Padre são verdadeiros paraísos para quem busca contato com a natureza.
- A Reserva Biológica do Tinguá abriga uma variedade de espécies animais, como o macaco-prego, o sagui, o jacaré-açu, o lobo-guará e diversas espécies de aves. A flora da reserva é igualmente rica, com a presença de árvores como o pau-brasil, a caxeta, o ipê-amarelo e o jequitibá-rosa.Nova Iguaçu: Uma cidade que combina história, cultura, desenvolvimento e beleza natural, oferecendo uma qualidade de vida excepcional e um futuro promissor.
Dados Demográficos
- Área Territorial – 520,581km²
- População no último censo – 785.867pessoas
- Densidade demográfica – 1.509,60hab/km²
- População estimada – 843.046pessoas
- Escolarização 6 a 14 anos – 96,2%
- IDHM Índice de desenvolvimento humano municipal – 0,713
Composição Política da cidade
Nas eleições de 2024, Nova Iguaçu elegeu o Prefeito Dudu Reina e a Vice-Prefeita, Doutora Roberta, além de 23 vereadores.


Vereadores eleitos
Alcemir Gomes, Alexandre da Padaria, Baixinho da Van, Camu, Claudinho da Kombi, Cláudio Haja Luz, Danielzinho da Padaria, Douglas Nadaes, Dr. Manoel Barreto, Dr. Márcio Guerreiro, Dr. Robertinho, Elton Cristo, Igor Porto, Jefferson Ramos, Juan Santa Cruz, Maninho do Cabuçu, Márcio Fonseca, Marcio Simpatia, Maurício Moraes, Rogério do Pneu, Thadeu do Marcos Fernandes, Vaguinho Neguinho, Wesley Lopes.