Maternidade do Hospital Juscelino Kubistchek completa seis meses
Arielly Custódio é um bebezão lindo, com 53 centímetros e 3kg 485 gramas, nascida às 5h50 do dia 12 março. Ela é o neném de número 337 no relatório da maternidade do Hospital Municipal Juscelino Kubitschek, em Nilópolis. Veio ao mundo por parto normal quase seis meses e meio depois da reabertura da maternidade do HJK no dia do aniversário da cidade, em 21 de agosto passado.
Filha da dona de casa Yasmin Custódio, de 30 anos, e do motorista de ônibus Alex Pinho, moradores do município, ela é a terceira filha do casal. Arielly acompanhava a mãe no quarto, já tinha sido liberada, e aguardava a alta de Yasmin. Chefe da maternidade, o ginecologista e obstetra Dário Martins, autorizou a saída de Yasmin na sexta-feira, 14 de março.
Yasmin ficou mais um dia porque fez uma laqueadura pelo umbigo, procedimento que só é possível ser realizado até um dia após o parto normal. “Tinham me dito que aqui na maternidade não faziam ligadura. Uma informação completamente errada. Vim fazer um exame, e descobri que estava com 5 pontos de dilatação e fiquei internada”, disse a dona de casa.
Ela realizou o acompanhamento médico no Posto de Saúde Central desde a descoberta da gravidez e já queria fazer a laqueadura. “Fui muito bem atendida aqui pelos médicos, enfermeiros, todas as equipes. Quando eu quis levantar para tomar banho, as enfermeiras me orientaram e ajudaram. Vou indicar para as meninas grávidas que moram perto de mim”, garantiu.
Maternidade de baixo risco
O chefe da Maternidade do HMJK, o obstetra Dário Martins, informou que a unidade de saúde atende casos de baixo risco para a mãe e a criança. “Casos de gestação complicada são encaminhados para outras maternidades. É o que chamamos vaga zero, quando o Sistema de Regulação (Sisreg) libera logo a transferência”, explicou.

Após o nascimento, os pais recebem a Declaração de Nascido Vivo (DNV) do neném e a levam ao cartório para fazer o registro da criança. O diretor administrativo do hospital, Vander Oliveira, afirmou que já há uma negociação entre a Secretaria de Saúde e o Detran, atualmente responsável pela identificação civil, para instalar um posto na maternidade. Assim, os bebês já vão sair dali com a carteira de identidade.
Laura Loreno, 25 anos, completou 34 semanas de gravidez e espera o primeiro filho. Ela teve uma infecção urinária mais severa e precisou ficar internada durante oito dias para receber antibióticos via endovenosa. Naquela manhã, era assistida pela equipe chefiada pela enfermeira Paloma Souza.
“O atendimento é maravilhoso, mas estou ansiosa pra voltar pra casa”, afirmou a gestante que faz pré-natal (ou planejamento familiar) no Posto Manoel Reis. A dona de casa estava acompanhada do marido, o vigilante Igor Vasconcelos. “Já tinha vindo aqui conhecer a maternidade”, contou ela. E Igor completou dizendo que nasceu ali há 26 anos.
Atendimento multiprofissional
As gestantes internadas no HMJK são atendidas por uma equipe formada por psicólogo, enfermeiro, médico e assistente social. Elas são orientadas, por exemplo, sobre pontos negativos e positivos em cada método anticoncepcional.
“Quem participa do planejamento familiar recebe um certificado ao final do workshop, feito no posto de saúde mais perto da casa da mulher”, explicou a diretora de Enfermagem do hospital, Renata Kasakewitch.
A assistente social Juliana Carlota explicou que ela e as colegas que dão plantão na unidade de saúde fazem visitas de rotina nos seus dias de serviço. “Orientamos as mães que buscam benefícios sociais, por exemplo. Nosso objetivo é esclarecer o público e facilitar o entendimento do caminho que devem trilhar. É um trabalho de parceria, depende de uma rede”, explicou.
As psicólogas Beatriz Tito e Marilda Soares disseram que visitam os leitos quando o médico de plantão ou outro funcionário solicita a presença delas. “A não ser em casos que a mãe perde o bebê, por exemplo, ou quando o bebê nasce com alguma sequela”, esclareceu Marilda.
Quando há necessidade de suporte psicológico após a saída da mãe da maternidade e até de seus familiares, as psicólogas os encaminham para os postos de saúde onde há profissionais de sua área.
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